sábado, 1 de março de 2008

EM BUSCA DE UM AVIVAMENTO

GEZIEL GOMES
MENSAGEIRO DA PAZ, SETEMBRO DE 1982.






Devem os crentes, desde o primeiro instante de fé, ser ensinados e exortados a buscarem um contínuo avivamento para sua vida e para sua igreja.
O avivamento torna dinâmica a marcha da Igreja, torna frutífera a vida do cristão e torna efetiva a obra de evangelismo.


I. O que impede um avivamento:


1. No tempo do rei Josafá, o povo se torna negligente. Os negligentes mais facilmente se tornam pecadores que os demais: Jr 48.10. Também as divisões internas enfraquecem a obra e colocam a todos sob perigo permanente: I Rs 15.16-19; II Cr 20.1,2.


2. Na época do rei Josias, havia ausência da Palavra: II Rs 23.

Existe hoje uma lamentável tendência para se substituir a Palavra. O secundário não pode e não deve tomar o lugar do principal. A música, os hinos, os testemunhos e as poesias têm o seu lugar no culto que oferecemos a Deus, mas no centro deve estar a Palavra.

A Palavra da Vida, a Palavra da fé, a Palavra que regenera, a Palavra que sara.

É um pecado contra Deus transferir no culto solene e sagrado a Palavra de Deus para o fim da reunião, quando todos estão levantando, bocejando, exaustos e extenuados de uma elástica programação.

A Palavra, que merece o centro do culto, deve ser anunciada com três características: inspiração, poder e clareza. O povo não entende um pregador inspirado e complexo. O povo não aprecia um pregador claro, mas sem inspiração. O povo não aceita um pregador sem poder, por mais claro e inspirado que esteja.

O verdadeiro avivamento supre essas necessidades e preenche esses requisitos.


3. Ao tempo do rei Manassés, o avivamento tardava por causa da idolatria: I Rs 21.9; II Rs 21.1-7; Dt 32.21; Ez 20.18; e por causa do orgulho: I Rs 21.7; I Rs 12.12-15.

O avivamento chega e se espalha quando matamos o nosso orgulho, exterminamos a nossa vaidade, ressuscitamos a nossa humildade e sepultamos os nossos ídolos: I Jo 5.2; Mt 11. 28,29; Pv 15.33.

Há várias formas modernas e internas de idolatria e todas impedem o avivamento: egolatria, templolatria, eclesiolatria, titulolatria, etc.


4. O avivamento que Deus mandou durante o ministério de Esdras foi um avivamento que revalorizou a santidade, posto que os costumes dos pagãos se haviam inoculado na semente santa de Jeová: Ed 9.1; II Cr 36.14-16; Ed 9.10-12; Ex 34.15-17; Is 6.3; Hb 12.14.

A capacidade de sofrer influência negativa é um dom natural do ser humano, que deve ser vencido quando nos tornamos espirituais.

Devemos ser menos imitadores dos costumes dos povos, menos copiadores das regras e hábitos vizinhos, dos primos e demais parentes, e buscar mais renovação de nossa mente, para recebermos um espírito criativo ungido pelo Espírito Santo, capaz de “inventar invenções”, e não sermos xerox de Belial ou das igrejas mortas e frias.

Quantas vezes somos exortados a separarmo-nos do mundo! I Ts 4.3-5; II Tm 2.21; I Ts 5.23; Ef 1.4,5; Mt 6.24; Lv 11.45.


II. Como alcançar um avivamento:


1. Em primeiro lugar, devemos desejá-lo. Um avivamento real deve ser desejado triplamente: com sinceridade, com piedade, e com diligência. Esses três elementos fazem parte intrínseca da oração do profeta Habacuque.

Avivamento não é um movimento social, político ou meramente religioso. É uma operação de vida espiritual abundante. Devemos desejá-lo do fundo da alma.


2. Devemos, em seguida, buscá-lo. Temos de pedir. Deus pode suprir-nos de tudo aquilo de que carecemos, mesmo sem que nada Lhe peçamos, pois foi Ele quem ordenou: “Clama a Mim, e responder-te-ei, e anunciarei coisas grandes e firmes que não sabes”, Jr 33.3.


3. Devemos, então, preparar-nos e preparar o caminho para o avivamento.

Humildemente reconhecemos que aqui temos falhado muito. Jesus veio após João Batista haver preparado “o caminho do Senhor”, Mt 3.3.

Preparemos o caminho dando prioridade à Palavra de Deus, a fonte da Sabedoria e de poder, a origem mesma de nossa fé! Pv 28.7; Sl 119.98; Rm 10.7; I Co 2.3-5.

Preparemos o caminho quando sinceramente nos humilhamos como o povo de Nínive, e reconhecemos que avivamento não é um prêmio de Deus, mas um soberano ato de compaixão.

Preparamos o caminho quando nos arrependemos, oramos e sentimos restaurada a nossa autoridade espiritual e a nossa confiança interior: Sl 51.17; Is 57.14-16; Lc 10.19; At 9.31.

Preparamos o caminho quando pregamos o Evangelho completo; e a congregação, sincera e temente, aspira receber o que lhe está sendo oferecido: At 19.1-12.

Deus quer nos outorgar novos e maravilhosos avivamentos. Ele não quer fabricar avivamentos.
Ele não quer padronizar avivamentos. Ele não quer repetir avivamentos. Ele quer AVIVAR.

“Aviva, ó Senhor, a Tua obra...!”, Hc 3.2.


III. O que produz o avivamento:


Tomando por base os avivamentos concedidos por Deus em Cesaréia e Antioquia (At 10 e 13), vejamos alguns resultados concretos:


1. Os preconceitos são destruídos: At 10.33,34; 4.32

2. As revelações do Espírito são freqüentes: At 16.6-9

3. Surge uma mentalidade espiritual renovada: At 10.47; Rm 12.12.

4. A Igreja cresce em todos os sentidos e direções: At 13.21, 24, 26; At 2.47; 11.24.

5. O Espírito missionário é despertado: At 13.1-4; 15.14-19.

6. O Espírito de louvor domina os corações: At 10.46.

Se estes resultados correspondem às nossas legítimas aspirações, devemos interessar-nos continuamente por um avivamento.

E a regra áurea é a seguinte: Se queremos avivamento, devemos IR em busca de avivamento. Amém.

7. A graça de Deus se reflete abundantemente na Igreja, gerando muita paz, compreensão e fraternidade: At 9.31.



Um comentário:

Eliel Alves disse...

Gostei muito ddo assunto, porque nos dias de hoje, todos nós precisamos buscar o avivamento, e as passoas lendodo sobre esse assunto ficam com mais vontade de buscar o Senhor e de querer ter um avivamento pessoal com ele; digo isto porque eu mesmo estou fazendo
Até mais
Eliel Aves Filho.